domingo, 6 de junho de 2010

Alento

Na próxima encarnação
quero voltar mais apaixonante
Destarte, como um andante
e sua infinita tentação
de buscar a toda hora
reciprocidade de quem se enamora

Ah! Se assim fosse possível
para todos os corações solitários
inclusive o dos otários
Uma escolha tão louvável
Nessa vida, porventura encontro
Na quietude que vem de dentro

Um valoroso alento no teu seio neutro

quarta-feira, 2 de junho de 2010

melhor de ti

Se pudessem cair num clichê
de uma nota tão própria como nós
num sorriso tudo a ver
desfaria a alegria dos teus nós
vadia.
patê de galinha no café da manhã
patê você numa tarde terçã?
Se acredito na poesia é porque de fato é possível crer nalgo bom
Quem disse que a poesia pode ser algo bom?
Pode também versar sobre temas maus
Enfim, da natureza da arte, uma tentativa estanque de exercer a tentativa vaga
do inicio tao obvio repleto de insanidades
e você ainda se acha o orgulho da cidade.
Por acaso é filho do prefeito?
Ou apenas um produto do teu meio
Quanta imposição
se tramam, é porque te amam.

tempo inequívoco

sil

Quanta perda de tempo.
Ah! Se não fosse o tempo infinito
Para nós meros mortais...

Teríamos ao menos abrigo
Num querer não tão corrido
A mercê do pão fugaz

Carnes que se acabam
Carecem de vida nobre
Finitude um desígnio
Para o rico e o pobre.

detalhes rapidos de um vazio

Talvez meu erro seja esperar numa mulher a felicidade

Drama cotidiano, eminência humana

Demência mundana


Nessa busca incessante, quanta crueldade

Entretanto creio

Na ora do recreio

Quando os cruéis

Provarão o seu quinhão

Retalhação? Absolutamente não.

Afinal, dizem por aí que se é pra ser será

Basta, portanto te esperar para sabe-se lá

Nalgum instante do maravilhoso presente

Convidarmos nós para construir um lugar

Incomum, onde só nós poderemos estar.