sábado, 18 de dezembro de 2010

Solidão até que enfim na Lápide

Solidão de verdade bem que não seria bom conhecer
cada qual nas suas tristezas,
cada um nas suas inevitáveis franquezas...
cada vida no lado de cá da vida

Só. Porque aconteceu comigo?
vítima de mim mesmo
assim sozinho, não tenham pena
não! Eu não valho a pena
é uma pena, pois podia assim
ser feliz. Sim claro que poderia.
Mas não fui.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tudo

Sentir qualquer coisa
é desígnio de qualquer
qualquer então é:
vazio de não saber de si

domingo, 12 de dezembro de 2010

Plenos Poderes (para Juzinha)

Das desventuras amorosas:
- Fico como o diabo foge da cruz
Destarte até posso ficar mudo
De te olhar maravilhado
É que teu beijo muito e muito me seduz

Teus olhinhos claros vivos como mata virgem
Transportam meu coração na melhor viagem
Em busca do teu amor límpido e indolor

Se assim pudesse ser apartado do teu calor
nessas fugas imiscuídas em fraquezas
Toda e qualquer das tristezas
Esvaíram-se do feio retrato incolor
Para colorir de certezas
Os recomeços com tropeços
E levantes esperançados
Ao encontro do verdadeiro grande amor

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Primitiva Vida

Singela satisfação
toda essa descolorida vida
independente? hã...
talves seja apenas uma satisfaçã
dolorida...
né, seu José?

Tanto quanto fora nós
todas formas de valor
e o amor cheio de nós

desatinado medo da descoberta
única insípida incerteza certa

Não!
né, seu João?