por todos abandonos
cometidos pagarei
aos berros a vida
reclama pelas injustiças!
o céu desbotado
derruba suas vísceras
de medo me enlameei
é tudo piada, à
expectativa de nada!
deboche total
insignificância real
quem merece um lugar ao
sol?
Endoida furtivamente o
esfincter do mundo
o humano vagabundo
odioso ser, repugna o
próprio entorno
em busca de mais e mais
adorno
Pra quê? Poeira! Amor?
Sem início, sem
começo, sem fim
poeira, caro leitor!
Poeira!
(risada de canto de
boca)