sábado, 7 de agosto de 2010

Ensaio das Franquezas, e uma esperança.

I
Ensurdecedora sensualidade distante
Saudades do vestido de poá, que nunca vi
Silhueta imaginada que se sente
Ritmos dispersos que já vivi

O que há por trás da lona?
Promessas de virilidade apaixonante
Homem comandado pelo próprio circo
do bombardeio de testosterona...

Eis o palco de taras da mente
Cotidiano fiel da natureza
Embalo da torpeza

Contenção do animal demente
Sobreposição mental frequente
Formas de apaziguar o pênis

II
Evoluímos tão bem
desde os primórdios das cavernas
e agora com desdém se detém
os impulsos primitivos das mentes modernas

Estarrecedora apregoação subliminar
a de que os desejos sexuais não devem ser comedidos
aprimorem-se então
a proteção do amor dos vencidos

Velhos jargões retratam a cultura
depois da ditadura política vivemos a ditadura da libertinagem:
-Mulheres lindas no comercial
-Ensaios de bacanal no horário nobre
-Falsa conjectura de ascensão do pobre

e, muita sacanagem.

III

Encontremos nossa cara metade
Em meio aos turbilhões
Tem quem fatura bilhões
Mas, já não importa tal crueldade

Uma só vida para todos!
única constatação do ser humano igualado
você no teu vestido a mercê de mim
ultraje do amor esperançado!

Um comentário:

  1. hei.tu n muda neh..parabéns nesse teu dia..felicidades sempre..amor..paz e diversão..bj

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