sábado, 10 de abril de 2010

Classes?

Distraem-se na perdição de suas próprias elucubrações a classe política que por um vinculo de identidade impresso em seu DNA relegam, distanciados na longínqua capital federal , a entes despersonalizados, como o mercado, o futuro de todo país. Um discurso obsoleto é aquele que não prioriza o economês, ao menos para os que tiveram a sorte de serem minimamente alfabetizados. E os que são a grande massa, sedenta pelo assistencialismo governamental? É estúpida a formação do estado moderno e ao mesmo tempo é incrivelmente bela, pois sem ele não teríamos assegurados os privilégios de uma minoria que detém bens e a outra parte alijada desses bens. O belo está na diferença, nessa diferença econômica entre as pessoas. O politicamente correto é dizer que a diferenciação radical, cujos extremos são tão diversos que chegam a ser um ultraje, não é bela. A arte atenua o choque de realidades, e esse pode ser o subterfúgio ideal para que seja suportável essa obrigatoriedade a que se submetem os que lutam para não serem vendados pelos efeitos midiáticos, um paliativo como o bolsa família. A bolha do capitalismo quando explode tem seus efeitos no cidadão comum, o gado assalariado. A bolha da desigualdade econômica, cujo propósito único é dominação, explodirá, apesar das forças elitistas que contraditoriamente a alimentam, mas não querem ver sua explosão. Que é inevitável.

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