Antes tinha um medo violento de te perder
Mas poesia não é musica sertaneja
Nada contra o gosto de quem quer que seja,
Os amores e a ira nunca saem de moda
Como uma roda a girar até esmorecer...
Foi assim que aconteceu.
E se meu amor morreu, não matarei a poesia
Com versos sertanejos de liberdade simples
Separadora das dores cruéis, subtil camada
Jazem juntas a poesia sertaneja, do choro de amor
E os poemas urbanos que tratam de tema idêntico
Pois, o amor na sua mais cruel simplicidade
Não pode deixar de ser explicado
Nem ao menos num olhar distante
De quem um dia te magoou
E agora chora atordoado
Em busca do retorno da pessoa amada
Assim conduzem a fadiga das alegrias imbecis
Os relentos da alma
Comedidos por um próximo prazer
Pintados na cor do anis
Vicio psicológico dizem caras e bocas
Quando eu fui correndo pra te ver
Quis ser simples na atitude
Sem você
Ardem e crepitam
Meus sentidos
Num instante me vi cantando a solteirice gata
Num instante me vi cantando a solteirice gata
Dor!
Infiltrada, garganta rasgada
Medo de água
Gato escaldado
Sofre calado
Conflitos do amor
Chega a ter um mundo de querer
Essa coisa boa de ser livre
Coleção de cores
Muitos amores
Vadias manhãs
Das febres sem cessar
Do medo louco de deixar de amar
Sem culpa ou porquês!
Como uma piada da vida
um beco sem saída
na padaria o português
rindo com a boca cheia
num bigode sujo,
de piadas matinais
Nenhum comentário:
Postar um comentário