sábado, 10 de abril de 2010

Homenagem ao LSD (Lindos Sonhos Doloridos)

Antes tinha um medo violento de te perder

Mas poesia não é musica sertaneja

Nada contra o gosto de quem quer que seja,

Os amores e a ira nunca saem de moda

Como uma roda a girar até esmorecer...

Foi assim que aconteceu.

E se meu amor morreu, não matarei a poesia

Com versos sertanejos de liberdade simples


 

Separadora das dores cruéis, subtil camada

Jazem juntas a poesia sertaneja, do choro de amor

E os poemas urbanos que tratam de tema idêntico

Pois, o amor na sua mais cruel simplicidade

Não pode deixar de ser explicado

Nem ao menos num olhar distante

De quem um dia te magoou

E agora chora atordoado

Em busca do retorno da pessoa amada


 

Assim conduzem a fadiga das alegrias imbecis

Os relentos da alma

Comedidos por um próximo prazer

Pintados na cor do anis


 


 

Vicio psicológico dizem caras e bocas


 

Quando eu fui correndo pra te ver

Quis ser simples na atitude

Sem você

Ardem e crepitam

Meus sentidos

Num instante me vi cantando a solteirice gata

Num instante me vi cantando a solteirice gata


 

Dor!

Infiltrada, garganta rasgada

Medo de água

Gato escaldado

Sofre calado

Conflitos do amor


 

Chega a ter um mundo de querer

Essa coisa boa de ser livre

Coleção de cores

Muitos amores

Vadias manhãs

Das febres sem cessar

Do medo louco de deixar de amar

Sem culpa ou porquês!

Como uma piada da vida

um beco sem saída

na padaria o português

rindo com a boca cheia

num bigode sujo,

de piadas matinais


 

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