Sacaneie tuas lagrimas quando quiserem escorregar
Daqui até o oceano serão ventos de distância
Acomode tua nudez na clausura do teu quarto
Mirado em ti mulher do sonho
Permeia em mim toda vagação
Desmedida, na tua natureza fria
Completar-me-ias no dia claro à mercê dos temporais?
De quantos ais precisa de mim amor incerto?
Conserta tua coleção de sonhos,
Porque cheguei para ficar mulher sonhada!
Bicarbonato de sódio do coração
Safa-me da acidez momentânea
Dos teus desígnios de artista
Que bagunça o coreto (cloreto) da razão
Meus habitantes perversos me chamam de rei
Rá, Rã, girino, Deus...
E assim sempre o respeitei, para ser abençoado
Não sou louco a ponto de brincar de Deus
Nem tampouco apressar adeus
Nesse mundo de animaizinhos literatos
Não é bom ser malcriado
Morrer tranqüilo ou desesperado?
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