sábado, 10 de abril de 2010

VRM (visão romântica dos mundos)

Coisas interessantes são chatas. O desinteresse é a grande tacada. A despreocupação com o trivial é tão mais sadio, e ao mesmo tempo em que a preocupação nos incomoda fortalece. Mas como é de fato terrível e monstruosa a possibilidade inerte de não estar preocupado com nada. Simplesmente, viver poetando, seria tão mais prazerosa, sem os grilhões dos afazeres necessários a sobrevivência. Um mundo ideal. Como tantos antes de mim já o imaginaram! A Visão Romântica dos Mundos é a possibilidade mais pura para uma concepção poetizada da realidade, porque os métodos não são necessários. As amarras metódicas não estão em nenhum plano possível para minha VRM. A liberdade enquanto conceito puro é realmente alcançada quando nos aprisionamos nos ensinamentos da VRM, e uso o vocábulo aprisionar, porque de fato algum aprisionamento se faz necessário para o alcance livre do espírito concreto da VRM. A sua concretude advêm da sua condição inacabada, e como não há como soltar-se completamente dos sentidos, que deveras podem ser enganadores, a VRM a priori, descansa em terreno fértil no que tange a criatividade de seus conceitos vagos. A vaguear obtuso de um conceito é tão importante para VRM porque através da sua natureza complexa, o inacabado abre sobrenaturalmente condições para o raciocínio livre e criativo sem a desconexão com o real tantas vezes recheado de pontos de vistas debilmente científicos. A não-ciência é o pressuposto da VRM, é condição absoluta para sua existência. A filosofia realiza nesse contexto não cientificizado um papel de companheira da VRM, porém sua base racional a distancia da VRM como uma amiga desleal que deve a todo o momento ser testada na sua lealdade. A separação da VRM com a filosofia torna a VRM uma ferramenta conceitual que antes da própria filosofia existir como mãe da ciência, já de forma onipresente, existia, mas nunca tinha sido provocada na sua magnitude. Filósofos do passado chegaram próximos da minha VRM, entretanto a amplitude do tratamento intelectualmente leal com cada forma de concepção mundana faz da VRM uma pratica que de fato pode dar conta de qualquer manifestação humana. De fato, é uma ignorância tremenda não citar a VRM depois que ela foi tornada conhecida pelo indivíduo, porem não é a dogmatização de axiomas próprios da VRM que a fará exitosa na sua insubordinação imprescindível.


 

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