sábado, 10 de abril de 2010

Um Conto chamado (Ruff Bar)

Um jovem casal de namorados por indicação dela resolve comemorar o aniversario dele numa casa noturna bastante badalada, cujo interior se assemelha num olhar despercebido a um pub londrino. Os cordiais funcionários do estabelecimento lhes prestam ótimo atendimento assinalando a mesa reservada para os dois. Ali o casal namora trocando confidencias e brincando com a situação de alguns convidados que ali estavam compulsoriamente e dentre os quais o aniversariante desconhecia a grande maioria. Alguns degraus abaixo, de onde o feliz casal interagia de maneira tão apaixonada, uma pista de dança bastante animada borbulhava tal quais os espumantes vendidos fora do território francês. Aquilo os chamava. Era pura diversão, e seus hormônios, imantados pela balbúrdia de suas juventudes, magneticamente os levaram ao recinto mais agitado do pub falsificado.

Em meio a danças e trocas de olhares sensuais, três amigas convidadas do aniversariante se aproximam para cumprimentá-lo, o que, conseqüentemente, para o humor da namorada não pareceu muito atrativo, pois ele se inclinava infindáveis vezes para falar no ouvido de uma das mulheres que se aproximara. Aquilo causa um desconforto na promotora da festa, mas ela aparentemente se comporta com certa indiferença, ao menos se fazia transparecer isso. Então ela puxa-o rapidamente para um canto longe dos ouvidos das três, o que era irrelevante devido a musica alta, e ameaça-o de morte caso ele continuasse a esfregar os lábios na orelha da tal sirigaita.

Estupefato e com medo o aniversariante acata elegantemente a imposição, explicando bem a distancia que iria para um local mais sossegado com sua namorada. Tal ocorrido jogou um balde de água fria nos ímpetos do casal e ela, de maneira muito doce pede para ele ir para rua a fim de assegurar o taxi enquanto ela acertava a conta. Além disso, queria ir rapidamente, pois estava louca para surpreendê-lo com sexo selvagem. Após ouvir tantas promessas, desde ameaça de morte até sexo selvagem, sem pestanejar ele sai. Desgostado por não encontrar nenhum taxi se posta a olhar para o interior da festa. Especificamente para o local das mesas que possuía um teto de vidro através do qual toda movimentação do interior poderia ser vista. O frio intenso nublava, pelo calor do recinto, o vidro, e para melhorar a visão, lhe ocorreu desenhar um coração com o indicador escrevendo logo abaixo o nome da namorada e a palavra "te amo", mas quando ele preenche o interior do coração, afim de sanar melhor sua curiosidade acerca do vulto de duas pessoas que se agarravam violentamente aos beijos, de mão espalmada ao vidro percebe que na verdade os vultos que se atracavam apaixonadamente eram na realidade a sirigaita que ele despediu-se e a sua namorada.

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