Numa parada a buscar palavras
Ao vento embalsamadas
Pela angustia inebriante....
O cansaço mental
Inexiste e o cheiro urbano
Aquece os corações
Nas pequenas cidades
Nos mais longínquos rincões
Esse homem moderno
De andar atarefado
Esse passarinho ladino
A beliscar o mingau frio esquecido na janela
Esse moleque malandro
Que vaga pelas escadarias
A espreitar o aposentado na sua aposentadoria
O olhar cismado da moça no horizonte
A igreja na praça da beata em sua fronte
Muitas vidas pulsando por destinos
Desatinos, desencontros
Amores no boteco da esquina
Todos súditos, por um viver melhor
Cotidianos num comércio de almas
Esperando o próximo ônibus
Cativos na calada dor/esperança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário